As características tipicamente femininas favorecem o relacionamento entre franchisadores e franchisados. Quem o diz é a consultora jurídica brasileira para área do franchising, Melitha Novoa Prado.
De acordo com a consultora, “franquia é, antes de mais nada, uma relação entre pessoas. Tudo bem que ambas querem ter lucro com o negócio, tanto o franchisador como o franchisado. Mas para atingir este objetivo é preciso ensinar e aprender; conversar e saber ouvir; negociar e compartilhar; lidar com pressões e administrar eventuais frustrações; saber colocar-se no lugar do outro para entender eventuais dificuldades…Tudo o que acabo de citar refere-se ao comportamento humano e à forma como nos relacionamos com o outro.”
Para além disso, Melitha Novoa Prado sublinha que as “mulheres têm mais paciência para resolver um conflito e encontrar soluções”, razão pela qual podem ser bem-sucedidas nos negócios.
“Elas conseguem, quase sempre, ir além, usam a sua intuição como faro…Os homens, por vezes, buscam soluções mais racionais e imediatas. Mas nem todos os problemas concretos tiveram uma origem igualmente concreta: muitas vezes surgem de um descontentamento, de um sentimento negativo, de uma perceção errada. E só com sensibilidade é possível resolver da melhor forma, ou seja, sem causar prejuízo às relações”, acrescenta.
A empresária diz também que as mulheres tendem a ser mais colaborativas e têm mais facilidade em integrarem-se, características que quase sempre se refletem nos negócios. “Faço questão de relatar que noto nelas [mulheres] uma maior tolerância perante os desafios – um problema persistente, um franchisado com um comportamento mais difícil”, conclui.