A DECO Proteste lançou o balanço dos primeiros seis meses de 2021 no que toca a reclamações apresentadas pelos consumidores.
No âmbito da comunicação destes resultados, destaque para o setor das telecomunicações, o setor mais reclamado, mas, no que concerne ao segmento de distribuição, o avolumar de reclamações relacionadas com entregas aos consumidores.
Com um boom de e-commerce e com maior número de pedidos, explica a associação de defesa do consumidor que, no contexto de pandemia, “não houve um abrandamento ou uma flutuação negativa” em termos de números de reclamações. “Os últimos dois anos serviram, eventualmente, para reposicionar os setores mais reclamados – emergindo agora, por exemplo, os serviços de entregas como uma das áreas em que os portugueses se sentem mais lesados”.
Assim, das 135 mil reclamações apresentadas, em linha com períodos homólogos de anos anteriores, conclui-se que existiram “mais constrangimentos registados com empresas de entregas ao domicílio”
Rita Rodrigues, Head of Public Affairs da DECO PROTESTE reforça a importância das reclamações “para a melhoria dos serviços e produtos visados. As marcas e as empresas visadas têm de olhar para estes momentos com maturidade e como uma oportunidade de melhoria. No entanto, a manutenção de algumas empresas e do mesmo tipo queixas no top das nossas reclamações também indiciam que há muito trabalho a fazer por algumas marcas”.
“Os consumidores portugueses têm-se queixado, maioritariamente, das empresas de comunicações, sobretudo por causa da duração dos períodos de fidelização, e do desacerto entre ofertas e cobranças de mensalidades, seguindo-se os setores dos bens de consumo, serviços financeiros, energia e água e saúde. Segundo os dados apurados, a MEO, a NOS e os CTT são as três empresas com maior número de reclamações em 2021”, sintetiza a DECO Proteste.