O franchising é opção para muitos empresários que procuram a expansão do seu modelo de negócio, nomeadamente para processos de internacionalização, contudo, este modelo pode não ser a melhor opção para todos.
Lyana Bittencourt, especialista em franchising e diretora de Marketing e Desenvolvimento do Grupo Bittencourt, explicou recentemente à Exame Brasil que “da decisão de franquear o negócio até divulgar para o mercado o modelo da franquia para atrair empreendedores, o empresário precisa de cumprir algumas etapas.”
“Um ponto de fundamental importância é a definição do perfil do franqueado que vai operar o negócio, que deve ter sinergia e aderência ao perfil do negócio, caso contrário o que poderia ser a realização de um sonho pode tornar-se um pesadelo, para ambos, franqueador e franqueado”, defende.
Para o franchisador o maior risco pode ser deixar entrar na rede alguém que não tem competências para operar o negócio dentro dos padrões determinados. Para o franchisado a grande dor de cabeça pode ser perceber que se investiu num negócio que pode não ter as condições para ser rentável.
“O que pode tornar uma franquia um mau negócio é exatamente deixar de estruturá-la como mandam as boas práticas do franchising, eliminar etapas importantes do processo e colocar a franquia na mão de um operador sem o perfil adequado para operá-la”, explica a especialista.
Isto não quer dizer que o sistema não seja bom. Na verdade, o franchising é um modelo comprovado que permite aos empresários crescerem e gerarem riqueza com as suas marcas, no entanto, deve ser pensado com responsabilidade, porque uma má estruturação pode levar à morte do negócio.
“Achar que os resultados vão chegar apenas pelo facto de ser uma franquia é um grande equívoco. O trabalho deve ser duro principalmente nos dois primeiros anos, tempo estimado para ganhar o mercado, tornar-se conhecido na região e começar a gerar resultados positivos”, conclui.