O que se pode esperar da sua keynote no inRetail Congress no próximo dia 4 de novembro?
A mudança com que nos estamos a deparar, marcada pelas perspetivas económicas, novas tendências sociais e alterações demográficas, alterou as necessidades individuais e as expectativas dos clientes. Isto, somado à consolidação contínua dos paradigmas tecnológicos tais como mobile, social media, Big Data ou Cloud, está a ter como consequência que as empresas enfrentam um novo consumidor e um novo contexto de pressão máxima no que respeita a preços e margens. Deste modo, durante a nossa apresentação iremos tentar decifrar os factores-chave para o desenvolvimento de modelos de gestão que sejam capazes de extrair valor dos clientes neste novo contexto de transformação digital.
Qual a opinião sobre o retalho em Portugal (Alimentar e Não Alimentar?)
Em nossa opinião, a indústria do retalho em Portugal irá enfrentar os mesmos desafios que as economias europeias maduras que são marcadas pelo limitado crescimento do volume. Isso implicará a necessidade de diferenciação para permanecerem competitivas e onde o preço será um componente-chave na decisão dos clientes. Portanto, as empresas irão experienciar crescentes e voláteis pressões ao nível do custo e, devido a isso, uma necessidade contínua de redesign para maximizarem as suas margens. Importa também não esquecer as cada vez mais complexas rotas para o mercado e a mudança do relacionamento com o consumidor, que implicarão novas estratégias para conquistar o consumidor / shopper e o desenvolvimento de novos canais de vendas.
Que evolução prevê no retalho na Europa? Irá manter o mesmo nível de crescimento? Irá existir uma revolução com o advento do e-commerce?
A indústria de retalho na Europa, como não pode ser de outra maneira, irá evoluir de forma correlacionada com o crescimento da população e o rendimento per capita dos cidadãos. Portanto, temos de aguardar um contexto de crescimento positivo estagnado e onde, mais uma vez, os campeões de mercado serão aquelas empresas capazes de compreender a nova jornada omnicanal do cliente digital e ter uma capacidade operativa para reagir de forma sustentável e eficiente em relação às margens. Consequentemente, o omnichanneling e os canais de vendas on-line, tendo em conta o desenvolvimento crescente da mobilidade m-commerce (comércio móvel), deverá crescer de forma contínua a taxas superiores às dos canais tradicionais.