Desde o início da crise financeira, há mais empresas a encerrar do que a serem criadas. Esta é a principal conclusão de um estudo do ISCTE, que cruzou dados do INE e do Eurostat, que indica que entre 2010 e 2011, 51% das pequenas e médias empresas criadas em Portugal fecharam num período de dois anos.
“O que isto nos revela é uma perda de dinamismo da iniciativa e atividade económica na última meia década”, refere Ana Isabel Couto, autora da tese de doutoramento, em declarações à TSF.
Em 2006, 60% das PME criadas sobreviviam mais de dois anos. Em 2011 esse valor caiu para 48,8%.“Em 2010 apenas nascem 11,9%, no mesmo ano morrem 17,4%”, explica à TSF.
O estudo refere ainda que nos primeiros anos deste milénio, cerca de 70% dos portugueses manifestavam vontade de criar o seu próprio emprego, valor que desde 2002 é cada vez menor, havendo cada vez mais pessoas a quererem trabalhar por conta de outrém.