Negócios portugueses faturam menos 20% até setembro
A faturação total acumulada dos negócios registou, até setembro, uma quebra de 20% face ao período homólogo, enquanto o valor faturado pelos negócios no mês passado encontra-se a menos 9% em comparação com o mesmo mês de 2020.
Quem o revela é a REDUNIQ, rede nacional de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros, na nova edição do REDUNIQ Insights, um relatório que analisa a evolução das transações dos negócios em Portugal durante o período pandémico, indicando ainda que os setores das farmácias, do retalho alimentar tradicional e dos eletrodomésticos e tecnologia são a exceção à quebra no consumo, tendo registado aumentos de faturação de 45%, 31% e 7%, respetivamente.
A contrastar estão os negócios de hotelaria (-64%), moda (-37%), e perfumarias (-35%). Tiago Oom, diretor da REDUNIQ, salienta que “em determinadas categorias, como os cabeleireiros, farmácias e retalho alimentar tradicional, esta melhoria da performance observou-se, por um lado, pelo aumento do parque de terminais de pagamento automático no sistema – resposta dos retalhistas ao receio dos consumidores usarem dinheiro físico – e, por outro lado, aquilo que consideramos ser uma migração de pagamentos em dinheiro físico para pagamentos eletrónicos – desde logo pela democratização do contactless.”
Em termos geográficos, os distritos mais dependentes do turismo, como Lisboa, Faro, Porto, Açores e Madeira foram os mais afetados, com quebras, em setembro, entre os 14% e os 24%.