A empresa que o ensina a gerir condomínios

A Consultório do Condomínio não quer administrar o seu prédio, mas ensina-lhe como o fazer. Nascida na Madeira, a marca revelava na edição de abril/maio da revista NEGÓCIOS & FRANCHISING que pretendia chegar às dez unidades até ao final de 2017.
Poucas redes de franchising se podem orgulhar de ter começado como uma rubrica na televisão, mas a Consultório do Condomínio é uma delas. A ideia para a criação de uma empresa surgiu quando o seu atual diretor-geral, Cristiano Veloso, foi convidado a partilhar a sua experiência de mais de dez anos nos ramos da administração e gestão de condomínios numa rubrica do canal RTP Madeira, onde respondia em direto a questões sobre condomínios.
Ao aperceber-se da desinformação que há sobre o setor, Veloso resolveu abrir a Consultório do Condomínio em 2013. Três anos e muitos pedidos de contacto e informação depois, a decisão natural foi expandir a empresa em regime de franchising. “A marca é portuguesa, nasce na Região Autónoma da Madeira, mas acaba por receber todas as semanas (…) pedidos de ajuda de todo o país, de norte a sul, e principalmente das grandes cidades”, sublinha o diretor-geral.
Mas, o que diferencia a Consultório do Condomínio é que este não é um negócio de gestão de condomínios, é sim uma empresa que pretende ajudar aqueles que têm de o fazer. Sob o lema “Nós não administramos condomínios, isso deixamos para si”, a Consultório do Condomínio auxilia os condóminos na relação com os administradores ou com os próprios vizinhos; os administradores residentes, através de formação, apoio jurídico ou aplicações informáticas, entre outros; e os administradores profissionais, “que acabam por ter diversas preocupações no seu dia a dia e que acabam por ter custos elevados, contratando serviços externos e separados (informática, advogados, contabilista, engenharia e inspeções técnicas a elevadores, etc)”.
Para Cristiano Veloso, estes serviços, para além de nem sempre serem direcionados para condomínios, acabam por ficar mais caros separadamente. “A contratação de todos os serviços ao Consultório do Condomínio cria economias de escala, diminuindo custos à empresa”, salienta. Por outro lado, a Consultório do Condomínio também pode intervir em assembleias de condóminos, quer para dirigir os trabalhos ou para prestar esclarecimentos e pareceres.
Rentabilidade maior
Neste momento, a rede conta já com dois franchisados – um em Matosinhos e outro no Funchal -, aos quais se irá juntar em breve uma nova unidade em Lisboa. Apontando como objetivo chegar a todas as cidades de média e grande densidade populacional, a Consultório do Condomínio quer ter dez franchisados até ao final de 2017.
Segundo Cristiano Veloso, os potenciais investidores na rede deverão mostrar “espírito vencedor, capacidade de trabalho, sentido empreendedor, ambição e gosto pela área”. Se o franchisado tiver formação numa das áreas de competência da rede, por exemplo, se for jurista, contabilista, engenheiro, gestor ou economista -, será ainda mais fácil atingir rentabilidade com o negócio, embora a rede ofereça apoio especializado nestas áreas e também noutras, como a engenharia civil e acústica, a todos os seus franchisados.
Aliás, entre os apoios fornecidos pela Consultório do Condomínio estão ainda a mediação de seguros, contabilidade, informática e formação a nível de gestão e administração de condomínios.
“Seguindo o nosso padrão, será necessário um capital de €7.500 (direito de entrada), onde englobamos todos os equipamentos e logística necessária para o arranque do seu negócio. No entanto, salvaguardamos que não obrigamos a que nenhum dos equipamentos necessários sejam adquiridos ao master. Se já tiver determinado equipamento, por exemplo um computador, o valor do direito de entrada será reduzido”, nota o diretor-geral.
Os royalties são de valor fixo de €100 + IVA, mais um valor percentual de 2% sobre a faturação, para um contrato de cinco anos. A marca não cobra taxa de publicidade e o retorno do investimento deverá acontecer no prazo de seis meses. A faturação prevista é de €60.000 no primeiro ano, sendo que pelo terceiro ano de contrato já deverá ultrapassar os €150.000, sempre com previsões de crescimento, garante o diretor-geral.