A crise parece ser mesmo uma oportunidade para a criação de novos negócios. Contactámos redes de franchising criadas em 2010 e 2011 para perceber qual tinha sido a sua evolução. A grande maioria teve um comportamento positivo e os responsáveis consideram que foi uma vantagem a marca ser lançada numa conjuntura desfavorável.
Em termos abertura de unidades, a campeã é a Melom, já que inaugurou 103 lojas em três anos, fruto de ser um dos primeiros conceitos de obras e remodelações a ser lançado em franchising e, não menos importante, o facto de ter por detrás a força do grupo RE/MAX.
Foi claramente, também a rede que teve a maior percentagem (30%) de fecho de espaços. “Muitos dos nossos primeiros franchisados no arranque eram, precisamente, construtoras que estavam a passar por processos de reestruturação forçada, pelo que algumas delas não conseguiram adaptar-se ao novo mercado da pequena obra em casa”, justifica o diretor-geral da rede.
O sucesso da cadeia Meu Super, lançada pela líder retalhista Sonae, também é de notar. Embora a marca não nos tenha disponibilizado o número de unidades abertas e fechadas, nem a evolução do volume de negócios, informou que a rede tem atualmente (julho 2014) 93 espaços e que espera chegar aos 120 no final deste ano. Tendo em conta o facto de a grande maioria das unidade serem reconvertidas a partir de pequenos minimercados e supermercados já existentes e o forte apoio do Continente em termos de logística e marca própria o êxito está ‘quase’ garantido.
Uma evolução global igualmente positiva teve a marca de estética low cost do grupo SLYou. Em quatro anos a StetikXpress abriu 59 unidades e embora quatro tenham encerrado o principal destaque é que a rede está já presente em Espanha (com 12 unidades), Itália (11), Brasil (6) e México (9).
Do lado das marcas que não evoluíram ou progrediram menos, temos a Mathniversity que não abriu nenhum centro, além do que o franchisador tem. “Devido à falta de candidatos com perfil apropriado para iniciar/dar continuidade ao seu franchising Mathniversity”, a marca “parou de publicitar a possibilidade de abrir novos polos de ensino franchisados”, revela Rui Pires, diretor-geral da empresa, que anuncia, todavia, que anuncia que “com o aprimorar do conceito empresarial, a marca Mathniversity criou, recentemente, um novo business plan light”.
Também a 4Best, do grupo Onebiz, angariou apenas nove franchisados e dois acabaram por deixar o projeto. Mas o brand manager da marca, João Ferreira, considera que “a expansão da rede de franchising da 4Best tem tido um crescimento sustentado”.
Veja a reportagem completa na edição de agosto/setembro da revista Negócios & Franchising.