Os mitos mais comuns sobre a procrastinação
É fácil adiar coisas, especialmente quando se trata de um grande projeto. De acordo com Joseph Ferrari, professor de Psicologia da Universidade de Chicago, nos EUA, em declarações à Fast Company, a procrastinação é um problema comum a toda a gente, mas ainda assim nem toda a gente se pode apelidar de ‘procrastinador’.
“Cerca de 25% doa adultos são procrastinadores crónicos. Isso afeta a sua vida pessoal, as suas relações, o seu trabalho, e basicamente sempre que têm que fazer algo. É uma taxa mais elevada do que a taxa de depressões, abuso de substâncias, fobias e outras perturbações psicológicas”, revela.
De acordo com o profissional, existem vários mitos acerca da procrastinação e são esses mitos que perpetuam esse tipo de comportamentos.
A procrastinação é um problema de gestão de tempo
De acordo com Joseph Ferrari, “não podemos gerir o tempo, o tempo não pode ser controlado. Apenas nos podemos gerir a nós e a forma como nos adaptamos ao tempo.”
A maioria dos procrastinadores evitam compromissos importantes porque não valorizam o tempo dos outros. “Como sociedade, não oferecemos recompensas aqueles que fazem as coisas antes do tempo, ao invés, punimos por atrasos”, refere.
Procrastinar é adiar uma decisão
Um bom líder sabe esperar para reunir mais informação antes de tomar uma ação. Os procrastinadores, por outro lado, evitam tomar uma decisão de todo. “É uma incapacidade para decidir. Trabalham em A para não terem que pensar em B. É ‘evitação’ ativa”, explica.
As nossas vidas são mais ocupadas do que nunca
Na verdade, este mito é um insulto aos nossos antepassados. “Existem 168 horas numa semana e têm sido 168 por semanas há séculos. Não temos nem mais nem menos tempo do que qualquer outra pessoa em qualquer outro ponto da história da Humanidade.”
A procrastinação melhora com a idade
Vários estudos mostram que cerca de 70% dos estudantes do ensino superior procrastinam e 20% dos adultos são procrastinadores crónicos, mas isso não quer dizer que o comportamento reduz com a idade, segundo o especialista. “A procrastinação crónica não diminui nem melhora com a idade.”