As vendas no retalho e na restauração registaram perdas de 76% no primeiro fim de semana com recolher obrigatório do mais recente Estado de Emergência, apontam os dados da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) do seu mais recente Observatório.
Com recolher obrigatório entre as 13h00 e as 05h00 em 114 concelhos do país, decretado pelo Governo ao abrigo do mais recente Estado de Emergência a AMRR teme que, no próximo fim-de-semana, com o aumento para 191 concelhos, as perdas sejam ainda mais elevadas, adiantando que há já muitos lojistas a pensarem se valerá a pena abrir portas.
“Foi um fim-de-semana catastrófico para o retalho e restauração, que vem fragilizar ainda mais as empresas destes setores” afirma Miguel Pina Martins, presidente da AMRR.
“Estamos a aproximarmo-nos do Natal, altura em que muitos portugueses querem estar com as suas famílias, pelo que compreendemos o esforço feito em controlar a pandemia nesta fase. Mas é preciso olhar para as medidas com muito cuidado, uma vez que a redução de horários de funcionamento de lojas e restaurantes leva inevitavelmente a maiores concentrações e aglomerados no curto espaço de tempo em que estão abertas. Ao contrário do que está a ser feito, um horário mais alargado permite um fluxo de pessoas mais espaçado no tempo, para que todos possam visitar as suas lojas e restaurantes com maior segurança,” refere o presidente da associação.