Concluída a pré-seleção dos negócios, inicie os contactos com os franchisadores ou masters das marcas que lhe interessam. Poderá fazê-lo em feiras ou através de pedidos de informações mais detalhadas sobre o negócio e, posteriormente, marcando reuniões. Lembre-se que o seu futuro depende do franchisador e, por isso, é fundamental que não fique com quaisquer dúvidas quanto à visão de negócio e credibilidade de quem está por detrás da marca.
Dentro do que chamamos ‘franchising’ há muitos tipos de parcerias, que não são franchising puro, mas não deixam de ter caraterísticas básicas do franchising: licença de uso de uma marca e modelo de negócio já testado no mercado.
O tipo de parceria tem de estar bem definido no contrato, “que o potencial franchisado deve analisar minuciosamente, com recurso a aconselhamento legal”, alerta o advogado José Cavaleiro Machado, que há muito trabalha na área do franchising e frisa: “é importante que os empreendedores façam tudo com ponderação, não se precipitem”, não assinando, por exemplo, contratos em feiras.
É importante que obtenha o máximo de informação sobre a empresa: história, quem são os sócios, estrutura humana, solidez financeira, experiência em franchising. Caso se trate de uma marca internacional, peça informações à casa-mãe.
Parceria e confiança
A ligação entre franchisador e franchisado vai-se, obviamente, cimentando ao longo dos anos, mas é fundamental a parceria – ambos têm de fazer a sua parte – e a confiança, sem a qual a parceria não é possível.
Veja em que fase de crescimento se encontra o franchisador, é uma boa forma de avaliar a sua estrutura e capacidade é solicitar informações detalhadas sobre a estratégia de expansão para os próximos cinco anos. Além de verificar quantas unidades operam no mercado e destas qual o número que são franchisadas e próprias, quais os apoios prestados aos franchisados antes e após a abertura do negócio.
Não deixe ainda de confirmar se o franchisador tem manuais operativos do negócio e quando é que estes são entregues, qual o período de duração da formação inicial, se esta inclui a equipa que irá trabalhar consigo e se existe algum apoio em formação contínua.
Last but not least: antes de tomar a sua decisão, contacte com outros franchisados da rede, avalie se estão satisfeitos e se pudessem voltar atrás se escolheriam a mesma marca.
Não se esqueça ainda de avaliar o que é que a marca tem, efetivamente de diferente e único.
Mas, o que deve esperar do franchisador durante a fase de abertura? Formação operacional, transferência de conhecimento, empréstimo de funcionários (de outras lojas), apoio na campanha de abertura, etc. E o que esperar do franchisador após o início do negócio? Supervisão da rede, formação contínua, transparência na gestão do fundo, reuniões de avaliação geral, convenções, comités, newsletters, etc..
Tenha em atenção
– Obtenha o máximo de informação: sócios, estrutura humana, solidez financeira, experiência em franchising
– Se optar por uma marca internacional contate a casa mãe
– Não fique com dúvidas sobre a credibilidade do negócio, o seu futuro depende do franchisador
– Solicite informação sobre a estratégia de expansão para os próximos 5 anos
– Contacte o responsável pelo apoio à rede
– Verifique se existem manuais operativos, qual o período de formação inicial e formação contínua