No final do primeiro trimestre do ano, apenas 13,9% das empresas portuguesas pagavam dentro do prazo, uma percentagem que revela que o número de empresas cumpridoras tem vindo a decrescer, de acordo com o mais recente Barómetro de Pagamentos da Informa D&B. Segundo o estudo, os valores dos anos anteriores mostram uma percentagem de empresas cumpridoras de 17,4% em 2016, 16,0% em 2017 e de 14,2% em 2018.
No entanto, entre as empresas que não cumprem os prazos de pagamentos em Portugal, 65,6% fazem-no com um atraso até 30 dias, agravando-se também ligeiramente nos últimos 12 meses. O número de empresas com atrasos superiores a 90 dias era de 9,3% no final do primeiro trimestre deste ano. Nos primeiros três meses do ano, a média de atrasos nos pagamentos face aos prazos acordados foi de 28,7 dias.
“O comportamento de pagamentos das empresas em Portugal apresentou uma tendência claramente oposta à da maioria dos outros países, desde logo da média europeia e dos seus principais parceiros económicos, que têm mostrado nos últimos dez anos uma redução significativa de empresas incumpridoras dos prazos de pagamento”, revela ainda a Informa D&B.
O estudo revela também que o top 3 de setores mais cumpridores neste primeiro trimestre é composto pelos setores de Telecomunicações, Grossista e Retalho e que os menos cumpridores foram Transportes, Alojamento e Restauração.
Para além disso, ficamos a saber que “a Alemanha é o quinto país que controla mais empresas em Portugal e o terceiro em volume de negócios e emprego, onde quase metade do volume de negócios destas empresas vem das Indústrias, sobretudo em empresas de grande dimensão. Também por isso, as empresas controladas por capital alemão são as que registam maior vocação exportadora, representando mais de 7% do total das exportações portuguesas.”
A Informa D&B mostra também que a Alemanha é um dos países do mundo onde as empresas se mostram mais cumpridoras dos prazos de pagamentos aos seus fornecedores e, no final de 2017, dois terços (66%) das empresas na Alemanha cumpriam os prazos de pagamento, um registo mais positivo do que a média europeia no mesmo ano (41,7%) e muito superior ao que se verifica em Portugal.