Em março deste ano, foram criadas em Portugal 4 164 novas empresas, um decréscimo de 1,8% face ao período homólogo. A conclusão é da Crédito y Caución, que revela, no entanto, que nos primeiros três meses do ano a criação de novas empresas registou um crescimento de 9,4% face ao primeiro trimestre de 2017.
Lisboa volta a liderar o número de constituições de novas empresas, com 34% do total. O Porto, por sua vez, arrecadou 18% do total de constituições de empresas. Importa ainda referir que, no primeiro trimestre do ano, as subidas mais significativas no número de constituições de novas empresas registaram-se nos distritos da Guarda 33%), Angra do Heroísmo (29%) e Setúbal (17%). Com as maiores quebras surgem os distritos da Horta (43%), Beja (28%) e Portalegre (21%), que no conjunto representam 1,7% das constituições registadas em Portugal no primeiro trimestre de 2018.
No que diz respeito aos setores de atividade, Outros Serviços (14,8%) foi o que registou o maior crescimento, seguindo-se Construção e Obras Públicas (18,2%) e Hotelaria/Restauração (12,4%). O peso destes serviços no total das constituições é de 47%, 9,9% e 11,8%, respetivamente.
Insolvências voltam a cair
O estudo da consultora mostra ainda que, em março, o número de insolvências em Portugal registou um decréscimo de 10,2%, com um total de 607 insolvências, menos 69 que no período homólogo. No acumulado dos três primeiros meses do ano, por sua vez, o número de insolvências registou um crescimento de 1,2%. Até ao final de março, tinham sido declaradas 1082 insolvências em Portugal.
Lisboa e o Porto continuam a ser os distritos com mais insolvências, 542 e 397, respetivamente. No entanto, face a 2017, o Porto registou um aumento de 4,2% e Lisboa uma diminuição de 2,5%. Os distritos onde o número de insolvências mais diminuiu durante o primeiro trimestre deste ano foram Horta (100%), Viana do Castelo (35%), Ponta Delgada (33%), Bragança (31%), Évora (29%) e Portalegre (27%). Por outro lado, aqueles onde de registam mais aumentos foram Angra do Heroísmo (250%), Guarda (mais 100%), Beja (aumento de 57%), Castelo Branco (mais 50%), Vila Real (aumento de 47%) e Santarém (mais 30%).
No que diz respeito aos setores, aqueles onde se registaram aumentos mais significativos de insolvências foram Indústria Extrativa (100%), Agricultura, Caça e Pesca 23%), Eletricidade, Gás, Água (17%), Comércio de Veículos (15%), Comércio a Retalho e por Grosso (6% e 9%, respetivamente) e Construção e Obras Públicas (7%).