Empresários portugueses são dos mais otimistas para este ano
Os empresários portugueses estão mais otimistas este ano, com 82% a acreditar que o seu volume de negócios se vai manter ou crescer ao longo de 2017. A conclusão é do mais recente estudo da Sage, que indica também que “das empresas que preveem conseguir alcançar este crescimento até ao final do ano, 45% afirma que será superior a 10%, e destes, 14% acredita que será mesmo superior a 50%”.
Segundo o estudo, 54% dos empresários nacionais inquiridos diz sentir-se confiante com as perspetivas do seu negócio durante os próximos seis meses, uma confiança que está relacionada com as estratégias para o próximo ano: 43% dos inquiridos revela que o principal plano é abrir uma delegação em novos mercados (23% a nível global). A nível global, a estratégia é diferente: 35% confirma que pretende lançar um novo produto ou serviço, opção que aparece em segundo lugar para os empresários portugueses recolhendo 35% das respostas.
Quando questionados sobre o impacto da economia nacional e global nos seus negócios, os portugueses afirmam sentirem-se mais confiantes na estabilidade da economia nacional nos próximos seis meses (45%), mas menos confiantes na estabilidade da economia global (42%).
Inteligência artificial e chatbots são vistos como tendências
O estudo da Sage pediu ainda aos inquiridos que identificassem as principais tendências tecnológicas para os negócios em 2017 e 67% dos inquiridos em Portugal identificam a Inteligência Artificial, os Chatbots (15%) e a tecnologia Blockchain (11%) como tendências que acompanham os resultados globais.
“O estudo chama a atenção para duas questões mais pertinentes que se prendem com a forma como as pessoas se sentem perante a introdução nas suas vidas de Inteligência Artificial e de Bots. A nível profissional, 38% dos empresários Portugueses admite estar confortável com a esse facto. A nível pessoal, a perspetiva altera-se um pouco e são menos os que se sentem confortáveis com a entrada de IA ou Bots nas suas vidas (29%, 39% a nível global). Ainda assim é considerável o número de empresários que não consegue responder a estas questões, num total de 58% em Portugal e 38% a nível mundial”, revela a Sage.
Quanto aos fatores que maior impacto terão nos negócios, os empresários portugueses identificam fatores como “demasiada burocratização e legislação por parte dos Estados (28%)”; “acesso a financiamento (23%)”; e “acesso a mercados internacionais (12%)”.
“Cerca de metade dos empresários portugueses (49,1%) considera que um dos fatores económicos que terá um impacto negativo mais evidente para as suas empresas está relacionado com alterações tributárias nacionais. As taxas de juro (37%) são o segundo fator apontado com maior preocupação. Para estes empresários, a maior parte dos fatores com impacto negativo nos negócios terá repercussão principalmente sobre os consumidores (44% em Portugal, 41% a nível global), ainda que o impacto direto nos negócios não seja menos relevante (33% em Portugal, 35% a nível global)”, indica.