Empresas maduras são as que mais contribuem para a atividade económica do país
Representam menos de um quarto (22%) de todo o tecido empresarial nacional, mas são as que mais contribuem para a atividade económica portuguesa, já que geram “mais de metade do volume de negócios e representam quase metade do emprego”. Falamos das empresas maduras, ou com mais de 20 anos, aquelas que segundo o mais recente estudo da Informa D&B têm vindo a crescer no que diz respeito ao seu peso no tecido empresarial.
Segundo o estudo ‘Longevidade Empresarial’, que abrange o período 2007-2015, as empresas maduras representam 55% do volume de negócios e 46% do emprego do universo empresarial. “Têm em média 32,4 anos de idade, face a uma média de 13,1 quando considerado todo o universo das empresas” e o seu peso tem vindo a crescer, dos 17,1% em 2007 para os 22% atuais, reforçando o seu peso no tecido empresarial.
Os resultados do estudo revelam também que que existe uma “relação clara entre a longevidade das empresas e a sua dimensão”. “A maioria das grandes e médias empresas têm mais de 20 anos de vida (63,8% nas grandes, 55,6% nas médias). Além disso, a idade média das empresas aumenta progressivamente em cada escalão de dimensão: as grandes empresas têm a idade média mais elevada (32 anos) valor que desce para 12,5 anos no caso das micro”, indica.
Segundo Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, “o estudo que realizámos torna muito clara a relação entre a dimensão das empresas e a sua longevidade: são empresas muito relevantes para a economia do país, quer em volume de negócios, em exportações ou em emprego, por isso, é importante que as empresas mais jovens e de menor dimensão encontrem condições para crescer, chegando também elas à maturidade e realizando todo o seu potencial.”
Para além disso, tanto o volume de negócios como o número de colaboradores aumenta com a antiguidade da companhia, com as empresas maduras a apresentarem, em média, 2,4 milhões de euros de volume de negócios e 16 colaboradores, respetivamente mais 6,7 vezes e 4,5 vezes do que as empresas jovens.
“Os setores mais tradicionais têm empresas com idade média mais elevada e maior percentagem de empresas maduras, como é o caso das Indústrias extrativas e das Indústrias transformadoras. Ao contrário, empresas com idade média inferior a dez anos e com um peso significativo nas jovens empresas concentram-se nos setores mais recentes, como é o caso das Telecomunicações e dos Serviços”, revela ainda o estudo.
Relativamente à sua distribuição geográfica, as empresas maduras têm uma maior concentração na região de Lisboa e menor no Norte quando comparadas com o universo empresarial.