Engel & Volkers: Clientes estrangeiros fazem a diferença
Por enquanto, no Algarve, um mercado em que muitos estrangeiros querem comprar uma casa de férias ou para a reforma, o negócio parece correr bem, especialmente para a Engel&Völkers. “A abertura de três novas agências no Algarve (Lagos, Albufeira e Vilamoura) reforçou a força da marca no Algarve, sendo que 90% dos clientes são estrangeiros”, explica Vera Tavares Kendall, responsável de expansão da zona sul da Engel&Völkers. “Vários fatores, como os incentivos fiscais, a segurança e qualidade de vida do nosso país, fazem com que o investimento estrangeiro não seja passageiro”, acrescenta. Com 11 agências em Portugal, a marca espera abrir mais quatro lojas até ao final de 2017.
Para Manuel Neto, franchisado da Engel&Völkers e detentor de cinco agências da rede (abriu a primeira em Lisboa, em 2009, seguindo-se Restelo, Comporta, Cascais e Estoril), mais de 70% das suas vendas na Grande Lisboa são feitas a cidadãos estrangeiros, nomeadamente franceses, belgas, chineses, escandinavos, brasileiros, americanos e também do Médio Oriente, um fenómeno que o franchisado diz ser mais recente.
Em Lisboa, Neto afirma que a procura se está a estender a bairros menos nobres da cidade, enquanto no Algarve e zona norte do país – com especial incidência para o Porto – a procura aumentou em todos os segmentos. Este aumento generalizado da procura, incluindo no setor do arrendamento, faz com que o franchisado defenda a necessidade de construção nova para dar resposta ao mercado. “Apesar das limitações provocadas pela falta de produto, pensamos que a diversificação do mercado e das localizações mais procuradas vai ser um fator que vai permitir que se continue a verificar um crescimento do setor.”
Manuel Neto nota que uma das principais tendências “é a procura de imóveis bem localizados, de preferência com vista e espaços exteriores”.