Em abril deste ano, as insolvências no mercado português registaram uma diminuição de 26,2%, com um total de 481 empresas a declararem-se insolventes. Contudo, de acordo com os dados revelados pela Crédito y Caución, o valor acumulado nos primeiros quatro meses deste ano já foi superior tanto face ao período homólogo de 2015 (mais 5,4% em 2017) como face a 2016 (mais 1,7%).
Os números agora apresentados revelam que até abril deste ano, foram declaradas um total de 1442 insolvências. Os restantes tipos de ações, por outro lado, caíram: as declarações a insolvência requeridas (DIR) diminuíram em 158 (menos 22,3%), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas (DIA) registaram uma diminuição em 129 (menos 19%) relativamente ao mesmo período de 2016.
Os números agora apresentados revelam também que o aumento mais significativo de insolvências foi em Lisboa, ao passarem de 623 para 765 empresas, mais 142 do que em 2016 (acréscimo de 22,8%). O Porto também apresenta um valor elevado (527 empresas) no entanto, diminuíram em 8,3% face a 2016. Beja e Castelo Branco apresentam decréscimos significativos, com 57,9% e 24,4%, respetivamente. Os distritos que revelam aumentos mais notórios são a Madeira e Bragança, com um aumento de 26,7% e 25% no número de empresas insolventes no comparativo com o ano anterior.
Por setor, registaram-se decréscimos de insolvências na Agricultura, Caça e Pesca, no Comércio a Retalho, na Construção e Obras Públicas, Eletricidade, Gás e Água, Indústria Extrativa e Transformadora, Telecomunicações e no setor de Transportes.
O aumento mais notório de insolvências, por sua vez, apresenta-se nos Serviços (aumento de 13,7%) e na Hotelaria e Restauração (acréscimo de 8,7%).
Quanto às constituições de empresas, o país passou de 3151 constituições em 2016 para 2819 em 2017, menos 332 empresas em termos homólogos (diminuição de 10,5%). Em termos acumulados verifica-se um acréscimo de 4,4% face ao mesmo período do ano passado, com mais 632 empresas constituídas. Importa referir que o número de constituições de empresas foi mais alto nos distritos de Aveiro, Faro, Setúbal e Braga.