Indicador de confiança dos consumidores cai em setembro
Em setembro, o indicador de confiança dos consumidores caiu, permanecendo num patamar relativamente próximo nos últimos três meses, após a recuperação parcial observada em maio e junho, mas situando-se ainda significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Já o indicador de clima económico aumentou entre maio e setembro, de forma ligeira no último mês, após ter atingido em abril o valor mínimo da série, indicando o INE que os indicadores de confiança aumentaram na Construção e Obras Públicas e nos Serviços, tendo diminuído na Indústria Transformadora e, de forma ligeira, no Comércio.
A diminuição do indicador de confiança dos consumidores em setembro resultou, sobretudo, do contributo negativo das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país e, em menor magnitude, da evolução negativa das perspetivas da situação financeira do agregado familiar e das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar. Contudo, as expectativas relativas à realização de compras importantes registaram um contributo positivo.
O indicador de confiança da Indústria Transformadora, por sua vez, diminuiu em setembro, interrompendo a recuperação observada entre junho e agosto, após ter atingindo em maio o mínimo histórico da série na sequência da queda abrupta registada em abril. “A redução do indicador refletiu o acentuado contributo negativo do saldo das perspetivas de produção da empresa, enquanto as apreciações relativas à evolução da procura global e às opiniões sobre os stocks de produtos acabados contribuíram positivamente”, refere o INE.
No último mês, o indicador diminuiu no agrupamento de “Bens Intermédios”, tendo aumentado expressivamente no agrupamento de “Bens de Investimento” e estabilizado no de ”Bens de Consumo”.
O indicador de confiança do Comércio diminuiu ligeiramente, interrompendo o perfil ascendente observado entre maio e agosto, após ter diminuído de forma expressiva em abril, quando atingiu o mínimo da série. Esta evolução refletiu o contributo negativo das apreciações relativas ao volume de stocks e das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído positivamente. O indicador de confiança diminuiu no subsetor “Comércio por Grosso”, enquanto no “Comércio a Retalho” aumentou entre maio e setembro.
Finalmente, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, recuperou entre maio e setembro, de forma ligeira no último mês, após registar em abril a maior redução e um novo mínimo da série.