Insolvências em queda desde o início do ano
As insolvências em Portugal registaram uma quebra de 10% em agosto deste ano. Nos primeiros oito meses do ano, o número total de empresas insolventes foi 15,7% menor ao registado em igual período em 2016, indica o mais recente estudo da Crédito y Caución.
De acordo com a consultora, em agosto deste ano, houve uma quebra no número de insolvências, com um total de 198 empresas a declararem-se insolventes, menos 21 do que no período homólogo (-10%).
Para além disso, diz o estudo, o valor acumulado do ano “apresenta-se inferior tanto a 2015 como a 2016, com menos 725 insolvências relativamente ao ano passado, o que traduz uma diminuição de 15,7% nos primeiros oito meses deste ano face a igual período de 2016.”
“Em agosto último verificaram-se 2024 declarações de insolvência, menos 47 que em igual período de 2016 (menos 2,3%). Quanto aos restantes tipos de ações de insolvência, estes também decresceram, mas de forma mais significativa. As declarações insolventes requeridas diminuíram 22,4% (menos 281), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas registaram uma redução de 32,9% (menos 401)”, acrescenta.
Lisboa e Madeira, no entanto, foram as únicas regiões em que se registaram mais insolvências, apesar de no caso da primeira terem sido apenas mais cinco do que em 2016 (1555 vs 1160). Para além disso, os setores com maior variação em relação a 2016 foram os da Eletricidade, Gás e Água (redução de 31,6%), Comércio a Retalho (menos 30,5%) e Agricultura, Caça e Pesca (diminuição de 22,8%).
Por outro lado, em agosto, a número de constituições de empresas aumentou 7,6%, atingindo um total de 2731 empresas, mais 192 empresas face ao período homólogo. No acumulado do ano, o crescimento foi de 8,5%, com 27 699 novas empresas criadas nos primeiros oito meses do ano.
O número mais significativo de novas constituições foi registado em Lisboa, com 9133 empresas constituídas (aumento de 33% relativamente a 2016), e os setores com maior peso foram os Serviços (aumento de 45,7%), a Hotelaria/Restauração (mais 12,4%), o Comércio a Retalho (mais 9,2%) e a Construção e Obras Públicas (crescimento de 8,7%).