Nasceram 20 377 empresas no primeiro semestre do ano
Nos primeiros seis meses deste ano foram criadas em Portugal 20 377 empresas. Os números são do Barómetro Semestral da Informa D&B, que analisa nascimentos, encerramentos, insolvências e o comportamento do tecido empresarial, e revelam que no primeiro semestre do ano nasceram em média 147 novas empresas por dia, uma quebra de 4,0% face ao período homólogo.
Por outro lado, nos primeiros seis meses deste ano encerraram 6 708 entidades, um crescimento de 1,2% face ao ano passado e uma média de 66 encerramentos por dia.
“Nos últimos 12 meses, a relação entre a constituição de novas empresas e encerramentos é de 2,2 (ou seja, por cada uma que encerra há 2,2 que iniciam atividade), valor ligeiramente mais baixo do que o registado no ano de 2015 (2,4). Apesar dos números totais do final do primeiro semestre registarem uma descida nos nascimentos de novas empresas e outras organizações, este indicador não apresenta uma tendência estável”, indica o estudo.
Lisboa continua a ser o distrito que regista o maior número de nascimentos de novas empresas e outras organizações, com mais 278 constituições (+4,7%) do que nos primeiros seis meses de 2015. Com tendência oposta, o distrito do Porto viu o número de constituições cair em 6%. As insolvências, por sua vez, desceram em quase todos os distritos e setores, com uma quebra total de 24% face ao mesmo período de 2015.
O setor das atividades Imobiliárias foi um dos que mais se destacou nos primeiros seis meses deste ano, “ao registar o maior crescimento em nascimentos de empresas (31%) face ao mesmo período de 2015. Entre 1 de janeiro e 30 junho nasceram 1 452 empresas neste setor em Portugal, mais 344 das que foram constituídas em igual período do ano passado.”
Por outro lado, os setores que mais contribuíram para a quebra dos nascimentos de empresas foram o Retalho (-415), Agricultura, Pecuária, Pesca e Caça (-277) e os Serviços (-230).
“O setor do Alojamento e Restauração, apesar da subida em novas empresas, é também o que regista o segundo maior crescimento de encerramentos (em valor absoluto), mostrando uma dinâmica de renovação nesta atividade”, acrescenta o estudo.
Segundo Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, “o empreendedorismo mostra-se cada vez mais relevante, até pelas suas consequências diretas em indicadores essenciais como o emprego. De acordo com o nosso estudo ‘Onde nasce o novo emprego em Portugal’, as empresas jovens (até aos cinco anos) são responsáveis por 46% do novo emprego criado entre 2007 e 2014, com as startups (empresas com menos de 1 ano) a criarem 18% deste novo emprego”.