Retalhistas irão gastar mais de 10 mil milhões de euros em IA até 2023
Um novo estudo da Juniper Research revela que os gastos globais dos retalhistas com serviços de Inteligência Artificial (IA) atingirão os 12 mil milhões de dólares (cerca de 10,5 mil milhões de euros) até 2023, bem acima dos 3,6 mil milhões de dólares (aproximadamente 3,2 mil milhões de euros) estimados para 2019. A Juniper espera que mais de 325.000 retalhistas adotem a tecnologia IA até 2023.
De acordo com o estudo “AI in Retail: Segment Analysis, Vendor Positioning & Market Forecasts 2019-2023”, a utilização de IA pelos retalhistas criará eficiências nas operações de back office. Análises avançadas utilizadas em funções como previsão de procura e marketing automatizado tornarão os retalhistas “mais ágeis e melhorarão as margens”, refere o estudo da consultora.
A Juniper prevê ainda que os retalhistas enfrentarão uma corrida na adoção da IA, onde os retalhistas equipados com IA substituirão os retalhistas mais lentos, oferecendo um serviço superior a preços otimizados.
A utilização de machine learning na previsão da procura será um mercado-chave para os fornecedores de IA, com as receitas de serviços associadas a previsivelmente a atingir os 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,6 mil milhões de euros) até 2023, acima dos 760 milhões de dólares, em 2019.
O estudo revela ainda que a previsão da procura será essencial para permitir uma experiência omnichannel eficaz e gerar margens mais altas. Isso significará que o número de retalhistas que usam a previsão da procura habilitada por AI triplicará entre 2019 e 2023.
O estudo da Juniper também refere que as caixas inteligentes, em grande parte alimentadas por tecnologias de IA, como a visão computacional, terão um futuro forte na área da conveniência, levando a volumes de transações anuais de mais de 1,4 mil milhões até 2023, em comparação com apenas 42 milhões em 2019.
Para já, enquanto a Amazon é, atualmente, a empresa com mais visibilidade com o seu modelo Go, as previsões indicam que será a China o maior impulsionador de crescimento, refletindo, assim, o rápido crescimento do mercado chinês, bem como o retrocesso que a Amazon teve recentemente devido ao seu modelo cashless.