Se está a pensar em abrir um negócio próprio, é importante que saiba que existem dois caminhos apenas: responder às necessidades criadas pelo digital ou focar-se em tudo aquilo que os computadores e as máquinas ainda não conseguem fazer – oferecer experiência, empatia e hospitalidade.
De acordo com o sociólogo holandês Carl Rohde, em entrevista à revista brasileira Pequenas Empresas e Grandes Negócios, existem algumas tendências que os empreendedores devem seguir se quiserem apostar num negócio “do século XXI”.
Globalização
De acordo com o sociólogo, o mundo já não é redondo. “Durante muito tempo, foi um triângulo: no topo, ficavam os Estados Unidos da América e a Europa; na base, os países em desenvolvimento. Isso acabou. Hoje todos estão em pé de igualdade.”
Isto significa que atualmente, em qualquer parte do mundo, aqueles que têm uma boa ideia e uma boa ligação à Internet podem apostar num negócio próprio, apesar de terem que enfrentar muita competição.
Software
O sociólogo diz também que o mundo passou já por duas grandes revoluções ligadas às máquinas. Na primeira, foram estas que tomaram conta do trabalho físico. Agora, as máquinas estão a tomar conta do trabalho intelectual e, em grande parte, dos nossos cérebros. Segundo Carl Rohde, temos máquinas que nos dizem onde ir, o que comprar, com quem falar e até como nos devemos comportar.
O universo do software, e da inteligência artificial em particular, é por isso um bom investimento.
Economia da experiência
Outra grande opção de negócio é apostar em tudo o que os computadores não podem fazer. Para já, ainda não é possível para uma máquina mimetizar empatia, criatividade e afetividade, razão pela qual esta ‘economia da experiência’ poderá ganhar terrenos nos próximos anos, sobretudo nas mãos daqueles que souberem contar histórias através de artesanato, turismo e comida.
Ciborgues
Os ciborgues já não são ficção científica. Existem cada vez mais empresas totalmente dedicadas à tarefa de melhorar o corpo humano, sobretudo através de implantes, seja para tornar alguém mais inteligente ou simplesmente mais ‘funcional’. No campo da genética, já se fazem inclusive experiências com algoritmos para programar fetos para que não desenvolvam determinadas doenças. Esta será também uma área de futuro.