São estas as tendências que vão marcar o retalho em 2018
A Fujitsu publicou recentemente as previsões de tendências que irão marcar o setor do retalho em 2018. Conheça a opinião de Rupal Karia, Director Executivo do Sector Comercial da Fujitsu para os mercados do Reino Unido e Irlanda.
Colaboração: Já assistimos a diversos exemplos de colaboração em 2017, e esperamos assistir a mais no próximo ano. Recentemente, a Tesco anunciou a sua nova parceria com a NEXT e ao longo do próximo ano mais supermercados deverão seguir o seu exemplo e tentar recriar o modelo de loja-dentro-de-uma-loja. Além de colaboração, vamos também assistir a uma maior consolidação das empresas sob a forma de fusões e aquisições.
Mobile: O mobile vai continuar a ser um dos principais geradores de tráfego, vendas e envolvimento para os retalhistas no próximo ano. Este ano, vimos que a maioria dos acessos à Black Friday vieram de mobile, e isto tem tendência para se tornar cada vez mais comum. Com os mais recentes telemóveis a apresentarem ecrãs maiores e melhores, o mobile vai tornar-se a principal via para o mercado.
Cadeias de abastecimento: A cadeia de abastecimento será afectada por vários factores no próximo ano. Para começar, o driverless e a robótica vão mudar drasticamente a cadeia de abastecimento do retalho. Veremos mais projectos-piloto em que os retalhistas e os fabricantes recorrem à tecnologia driverless e à robótica, o que irá alterar o processo de entrega de componentes e produtos, acabando por afectar e (esperamos) acelerar os caminhos dos retalhistas para o mercado. Contamos que o lado dos fabricantes na cadeia de abastecimento se torne tecnologicamente mais avançado e inteligente. Na agricultura, por exemplo, os agricultores podem usar dispositivos IoT e análise de dados para identificar qual a melhor altura para usar pesticidas e para fazer a colheita, ou qual o momento mais oportuno para fazer a procriação do gado. Isto irá permitir que os agricultores aproveitem dados e usem a análise dos mesmos para trabalhar de forma mais inteligente, poupando tempo e dinheiro, o que por seu turno poderá melhorar toda a cadeia de abastecimento.
IA: A Inteligência Artificial foi uma das palavras do ano em 2017 e veio claramente para ficar. Fora do retalho, já se começa a ver que metade das pessoas se sente confortável em ser diagnosticada por um médico de IA, por exemplo, e no retalho as coisas estão a acontecer sem que os consumidores se dêem conta disso. Por exemplo, os webchats com uma marca ou retalhista usam IA para responder a questões. Às vezes, nem percebemos se é um robot ou não. À medida que a IA se torna mais avançada, estes webchats vão tornar-se mais sofisticados, e contamos vê-los entrar na indústria hoteleira também, proporcionando aos clientes o seu próprio concierge pessoal 24 horas por dia.
Segurança: A segurança nunca foi tão importante como é hoje. Os ataques, na pior das hipóteses, podem destruir uma marca e já se percebeu que têm impactos financeiros e reputacionais significativos. Os ataques podem parar o comércio, o que para um retalhista pode ser desastroso. No próximo ano, os retalhistas vão precisar de assegurar que as suas defesas de cibersegurança são uma prioridade tanto para prevenir um ataque, como para mitigar e reduzir os danos caso sejam vítimas de um. Os consumidores não aceitam com bonomia as quebras de segurança ou os ataques e ficarão de imediato preocupados se serão ou não afectados. Se forem impedidos de efectuar uma compra devido a uma quebra do sistema, irão comprar a outro lado e o retalhista acabará por perder um cliente.
Pagamentos: Os pagamentos serão um tema quente para os retalhistas no próximo ano, e este ano já vimos como o contactless se impôs e como vai continuar a evoluir. Será interessante ver que inovações na área dos pagamentos serão adoptadas pelos retalhistas nos próximos meses, à medida que eles procuram tornar a experiência do retalho mais ágil, o que dá aos pagamentos um papel significativo.
Personalização: A personalização e a centralidade do cliente vão ser cada vez mais importantes no próximo ano, à medida que o ambiente se torne mais competitivo. Graças aos avanços da IA e dos sistemas CRM, é agora mais fácil do que nunca para os retalhistas conhecer os seus clientes a partir do momento em que entram pela porta, clicam online ou tocam no ecrã do telemóvel. No próximo ano, esperamos ver os retalhistas a usarem finalmente estas ferramentas para melhorar a experiência dos seus clientes, uma vez que terão agora mais informações acerca dos seus compradores que antes lhes faltavam.
Encomendas de voz: É inegável que a voz deu muito que falar entre os retalhistas europeus este ano e isto foi apenas o começo. Culturalmente, a Amazon e a Apple mudaram a forma como interagimos com os nossos dispositivos através da Alexa e da Siri, e à medida que avançamos para assistentes de voz que se auto-ensinam prevemos que este meio irá verdadeiramente evoluir e tornar-se parte da nossa vida quotidiana. Este ano, já vimos alguns retalhistas a darem passos rumo às encomendas de voz. A Tesco, por exemplo, juntou-se à Google Home e foi uma das primeiras. Ao longo ano, esperamos que mais retalhistas e marcas adiram aos assistentes de voz, por forma a oferecer aos clientes uma forma nova e interactiva de comprar.