Ser Franchisador: porque expandir em franchising
Tem um negócio rentável, pretende expandi-lo e não sabe como? A resposta pode passar pelo franchising. Antes de avançar é, porém, fundamental que recolha o máximo de informação. A adaptação traz vantagens, mas exige esforço. E o cumprimento de algumas regras que lhe revelamos em seguida de uma forma sintética.
Veja:
VANTAGENS
A expansão em franchising pode revelar-se vantajosa. Sobretudo porque:
- Permite uma penetração de mercado rápida e intensiva – poucas empresas têm condições de crescer agressivamente por meio de recursos próprios, pois esta solução, além de exigir investimentos significativos, aumenta sensivelmente a complexidade da gestão com pessoal próprio;
- Permite a expansão internacional com maior facilidade;
- Permite a ocupação de pontos comerciais estratégicos;
- A garra empresarial expressa pelos franchisados é, regra geral, muito superior à de um gerente no caso de uma rede própria;
- O franchisado é, normalmente, alguém da própria comunidade, o que lhe permite maior aceitação e melhor desempenho, principalmente pelo maior conhecimento do mercado local;
- Os custos de operação de uma unidade própria são, em regra, superiores aos de uma unidade franchisada – o franchisado, pelo seu empenho pessoal, consegue em geral obter maior rentabilidade e eficiência;
- O número de funcionários para administrar directamente é menor;
- Leva à obtenção de economias de escala, o que facilita as negociações com os fornecedores;
- Permite atingir uma notoriedade e imagem de marca de uma forma mais rápida;
- Em caso de dificuldades, o franchisador correrá menos riscos financeiros pelo menor investimento feito, quando comparado com uma rede própria.
DESVANTAGENS
Mas não se iluda. Nem sempre o franchising é a melhor alternativa. Ou a mais rentável.
Pela sua própria filosofia interna, muitas empresas não se adaptam às características deste sistema. Para outras, a opção pode passar por crescer devagar com os seus próprios recursos e controle total sobre o negócio. É que, associados às vantagens, existem também alguns pontos menos positivos que importa conhecer:
- Menor controlo sobre a rede de distribuição;
- Menor poder para corrigir imediatamente os problemas no ponto de venda, já que a relação com o franchisado não é a mesma que a relação com um funcionário da empresa;
- Obriga à criação de uma estrutura de apoio aos franchisados, que são em geral muito exigentes;
- Menor flexibilidade na operação dos negócios – por exemplo, na alteração de produtos ou serviços, e de estratégias de actuação no mercado;
- Maior limitação no uso de canais alternativos de distribuição – o franchisador pode usar canais alternativos, mas não pode estimular a concorrência entre os canais de forma conflituosa;
- Maior exposição a eventuais actos negativos praticados sob o seu nome;
- À medida que o tempo passa, o franchisado torna-se mais seguro e tende, em muitos casos, a questionar a sua ligação com o franchisador.
PRÉ-REQUISITOS PARA SER FRANCHISADOR
Se é verdade que o franchising fará mais sentido nuns sectores do que noutros, também é um facto que, pelo menos à partida, praticamente todos os negócios poderão ser franchisáveis. Basta, para isso, que reúnam um conjunto de pré-requisitos fundamentais:
- Deter um conceito de negócio com sucesso e não apenas bons produtos;
- Ter identificado a “fórmula de sucesso” do seu conceito e testá-la de preferência durante alguns anos em mais do que uma loja;
- Tratar-se de um negócio rentável, não nas intenções e desejos do empresário, mas na evidência dos seus números;
- Ter uma marca e nome de estabelecimento (caso exista) devidamente registados;
- Deter um saber fazer (know-how) simultaneamente: o secreto – que não seja do conhecimento geral ou de fácil acesso; o substancial – que confira uma vantagem económica concorrencial;
- O segredo do negócio deve poder ser ensinado a terceiros.