Sustentabilidade: Mais de 90% dos portugueses dispostos a mudar hábitos de consumo
A Sustentabilidade tem sido um dos temas quentes no retalho. Os consumidores apertam as ‘malhas’ dos produtos que consomem e as empresas tentam adaptar-se a novas formas de produzir e consumir mais amigas do ambiente.
Agora, um estudo levado a cabo pelo Oney Bank, com o título “barómetro Europeu das Melhores Práticas de Compra”, em parceria com a Harris Interactive, mostra que os portugueses estão dispostos a mudar… em prol do ambiente.
Para se ter uma ideia, atualmente, 9 em cada 10 europeus (86%) estão prontos para alterar o seu consumo diário, sendo que o número é ainda maior em solo luso. “No caso dos portugueses, esta predisposição é ainda mais notória (94%), nomeadamente no que se refere ao cuidado em não comprar produtos e serviços de que não necessitam (90%); em comprar produtos sustentáveis (96%) ou em reduzir o seu consumo diário (96%)”, explica-se em comunicado.
Porém, esta não é a única dinâmica a ganhar tração. O mercado de produtos em segunda mão tem vindo também a ser olhado com maior confiança, com “3 em cada 4 europeus a terem optado por um produto em segunda mão em vez de um novo nos últimos 12 meses”. Aqui também os portugueses se destacam, apesar de os franceses serem os que mais admitem ter comprado produtos em segunda mão/recondicionados (85%), seguidos dos portugueses (78%) e espanhóis (73%).
“Esta mudança de comportamento traduz-se no aumento das vendas em sites online e lojas de segunda mão, um mercado que cresceu significativamente no último ano, com um aumento de 50%. Hoje, os europeus gastam em média 301 euros por ano em produtos em segunda mão (360 euros no caso dos portugueses) e 297 euros em produtos recondicionados (322 euros em Portugal). Estas compras são principalmente para produtos de lazer, cultura, mobiliário e decoração”, explica-se.
No próximo ano, esta tendência deverá continuar a crescer: mais de metade dos europeus quer comprar mais produtos em segunda mão (57% no caso dos portugueses), especialmente nos setores doméstico e de lazer:
- Móveis e decoração 32%
- Produtos culturais e de lazer 31%
- Produtos para bricolage e jardinagem 30%
- Roupas e sapatos 30%
- Eletrodomésticos 30%