Sabe como financiar um negócio em franchising?
Existem diversas soluções disponíveis no mercado para financiar a criação de um negócio: crédito bancário tradicional, microcrédito, programas de apoio, incentivos ou subsídios a fundo perdido.
CRÉDITO BANCÁRIO
O franchising continua bem cotado junto do setor financeiro. Os bancos oferecem soluções específicas para este mercado, mas para lá chegar é preciso conhecer as regras.
Iniciar um projecto de franchising é uma decisão que envolve diferentes variáveis, mas a mais importante e provavelmente a mais decisiva é o acesso ao financiamento.
Quase todos os bancos oferecem soluções de crédito específicas para este mercado e, na maioria dos casos, é possível montar um negócio com recurso a poucos capitais próprios.
Serão sobretudo as pequenas e médias empresas, com menos força negocial e sem grandes alternativas de financiamento, as que se vão confrontar com o cenário mais complicado.
Mas a boa notícia é que a maioria das instituições financeiras vê o franchising como uma aposta menos arriscada. Os quatro maiores bancos portugueses – CGD, Millennium BCP, Novo Banco e Santander Totta – disponibilizam soluções de financiamento para franchising.
É preciso não esquecer que há sempre uma percentagem mínima de capitais próprios de que o investidor terá de dispor. Os especialistas sugerem uma fatia entre 20% a 40% do investimento inicial.
Atestar a viabilidade do negócio é, então, a chave para a aprovação do financiamento. Todos os investimentos devem por isso ser rigorosamente justificados.
Porque não arrendar um espaço em vez de adquirir um imóvel? Outro exemplo é a aquisição de viaturas. Os bancos oferecem condições específicas para a compra de automóveis, mas a aprovação dependerá sempre da real necessidade do investimento.
Quando um investidor decide iniciar um projecto de franchising deve verificar a sua capacidade de financiamento mesmo antes de avançar para a escolha do negócio.
Desta forma, será mais fácil adaptar essa escolha ao seu perfil de investidor e tomar todas as decisões que se seguem. Se o montante médio solicitado pelos investidores interessados em abrir um franchising ronda os 25 a 30 mil euros, é preciso ter em conta que o investimento inicial difere muito de sector de actividade para sector de actividade (montar um restaurante é muito diferente de montar um negócio de consultoria financeira. O esforço financeiro é muito superior no primeiro caso).
Depois a escolha do negócio, o passo seguinte é calcular com exactidão o valor do investimento inicial, sem esquecer nenhuma parcela, evitando surpresas desagradáveis no decorrer do caminho.
Nesta soma é preciso ter em conta os direitos de entrada do franchisador, os custos do projecto de arquitectura e da obra, as despesas com equipamento, mobiliário e decoração, o investimento no stock inicial e a compra de automóveis (caso seja necessário).
A juntar, há ainda um montante para o fundo de maneio que nos primeiros meses de actividade tem um papel imprescindível.
Tal como num diagnóstico de saúde, também para obter um crédito é sempre importante ouvir uma segunda opinião. Comparar as condições oferecidas pelos vários bancos é a única forma de saber qual é a melhor opção e de negociar.
Contudo, a escolha da instituição financeira pode também depender de parcerias prévias entre o master e a banca. Estes protocolos, associados a linhas de crédito exclusivas ou à negociação de taxas de juro mais competitivas, são cada vez mais frequentes.
Outro factor a ter em conta são os produtos que os bancos comercializam em pacote e que disponibilizam soluções de seguros (de vida e multi-riscos), leasing ou garantia mútua dentro do seu próprio grupo financeiro ou através de acordos.
Alguns negócios encaminhados para a garantia mútua, depois da aprovação, podem chegar ao banco com uma garantia de 70% de financiamento. Existem ainda outras alternativas de financiamento que começam a ter cada vez maior procura. É o caso do leasing (uma solução bastante utilizada na aquisição automóveis e de equipamentos muito específicos) e do microcrédito em que os bancos também estão a apostar.
MICROCRÉDITO
O microcrédito existe para que as pessoas que não têm crédito junto da banca, mas que querem desenvolver um negócio, o possam fazer. É uma solução utilizada no caso de investimentos mais reduzidos, uma vez que os montantes de apoio atingem, no máximo, os 10 mil euros.
Apesar do recurso ao microcrédito estar a diminuir, de acordo com a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), cerca de 70% das pessoas que recorreram a esta alternativa de financiamento continuam com o negócio aberto, um valor superior à taxa média de sobrevivência das empresas em geral.
Quem precisa de financiamento para iniciar um pequeno negócio pode recorrer ao microcrédito. Depois de um contacto inicial com a entidade bancária, seguem-se algumas reuniões, a avaliação da viabilidade do negócio e o acompanhamento do projeto. A necessidade de fiador, a taxa de juro e o prazo de pagamento são fatores que variam caso a caso.
PROGRAMAS DE APOIO, INCENTIVOS OU SUBSÍDIOS A FUNDO PERDIDO
Existem vários apoios a que um potencial franchisado se pode candidatar. Com o objectivo de apoiar o empreendedorismo e a criação de empresas de pequena dimensão que originem a criação de emprego, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) disponibiliza diversos tipos de Apoios à Criação de Empresas.
GARANTIAS MÚTUAS
A garantia mútua é um sistema mutualista de apoio às micro, pequenas e médias empresas e têm como objectivo, disponibilizar garantias financeiras para a obtenção de crédito junto de entidades bancárias.
As Sociedades de Garantia Mútua participam em operações de financiamento como “fiadores” ou “garantes” do pagamento dos empréstimos contraídos por empresas.
Este tipo de financiamento permite aos empresários beneficiarem de melhores taxas de juro e não apresentarem garantias reais por parte da empresa, sócios ou accionistas. As empresas que optam por esta solução celebram um contrato de mutualismo com a SGM.
As garantias mútuas destinam-se a financiar projectos de investimento, desenvolvimento, modernização e internacionalização nos sectores da indústria, do comércio, dos serviços, da construção, do turismo e dos transportes.
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